
Orlando Fedeli
Onze anos atrás (1997), foi publicado, na Itália, um livro do Cardeal Ratzinger, no qual ele contava passagens de sua vida até 1977. O livro foi editado pela San Paolo e se intitulava La mia Vita. Somente em 2006, a editora Paulinas publicou esse livro no Brasil, lembrando, na capa de sua edição, que o outrora Cardeal Ratzinger é, hoje, o Papa Bento XVI.
O livro, hoje, depois de onze anos, paradoxalmente se mostra muito mais atual do que em 1997, pois nele se podem ler frases que explicam o que Bento XVI está fazendo em seu pontificado, e indicam o que ele ainda pretende fazer, particularmente no campo da Liturgia. Mesmo que devagar…
Neste artigo, citaremos e analisaremos apenas o que disse o Cardeal Ratzinger em 1997 sobre o lançamento da Nova Missa de Paulo VI, em 1969. Os destaques na citação são de nossa responsabilidade e os fazemos para chamar a atenção sobre alguns pontos mais importantes do que disse então aquele que, hoje, é nosso Papa, gloriosamente reinante. Colocaremos abaixo do texto da versão em português a versão em italiano do original em alemão.
Eis o que escreveu o então Cardeal Ratzinger sobre a nova liturgia de Paulo VI:
“O segundo grande acontecimento no início dos meus anos em Ratisbona foi a publicação do missal de Paulo VI com a proibição quase total do missal anterior, depois de uma fase de transição de apenas meio ano. Era auspicioso o fato de que, depois de um tempo de experimentos, muitas vezes deformando profundamente a liturgia, houvesse agora um texto litúrgico obrigatório. Mas fiquei consternado pela proibição do Missal antigo, pois algo semelhante nunca tinha acontecido em toda a história da liturgia. Tinha-se a impressão de que isso era uma coisa perfeitamente normal. O missal anterior tinha sido criado por Pio V, por ocasião de Concílio Tridentino; assim era normal, dizia-se, que após 400 anos e depois de um novo Concílio um novo Papa oferece-se um novo missal. Mas a verdade histórica é outra. Pio V havia mandado fazer apenas uma revisão do Missale Romanum existente, como é normal no crescimento vivo da história através dos séculos. Assim também muitos de seus sucessores tinham novamente trabalhado esse missal, sem jamais opor um missal novo ao missal anterior. Foi um processo contínuo de crescimento e purificação, no qual, porém, nunca se destruiu a continuidade. Não existe um missa de Pio V que tivesse sido criada por ele. O que existe é a revisão feita por Pio V, como fase de uma longa história de crescimento. O “novo” depois do Concílio de Trento foi de outra natureza: o rompimento causado pela Reforma tinha-se realizado, sobretudo, como “reformas” litúrgicas. Não havia simplesmente uma Igreja Católica e outra protestante, uma ao lado da outra; a divisão da Igreja realizou-se quase imperceptivelmente, e era mais visível e historicamente mais eficaz na mudança da liturgia, que ainda aconteceu com muita diferença entre um lugar e outro, de sorte que também aí, entre o ainda católico e o já não católico muitas vezes era impossível de discernir.
Naquela situação confusa, que se tornara possível pela falta de uma legislação litúrgica única e pela existência de um pluralismo litúrgico na Idade Média, o papa decidiu que o Missale Romanum, o livro das missas na cidade de Roma, tinha de ser introduzido em toda parte onde não se pudessem alegar liturgias que tivessem pelo menos 200 anos de idade. Onde isso fosse o caso, podia-se ficar com a liturgia existente, porque então o seu caráter católico podia ser considerado seguro. Não se tratava, pois, de uma proibição de um missal existente e até então considerado válido. Porém, a proibição agora decretada, do missal que se tinha desenvolvido continuamente através de todos os séculos, desde os manuais para os sacramentos na Igreja antiga, causou na história da liturgia uma ruptura cujas conseqüências só podiam ser trágicas.Uma revisão do missal, como já houvera muitas vezes, e que desta vez podia ser mais radical do que até então, sobretudo pela introdução da língua materna, tinha sentido e tinha sido determinada com razão pelo Concílio. Mas agora aconteceu mais: o edifico antigo foi derrubado e construiu-se um outro. É verdade que, em grande parte, foi feito com o material do anterior e usando-se, também, os projetos antigos. E não há dúvida: este novo missal trouxe, sob muitos aspectos, um verdadeiro melhoramento e enriquecimento. Mas o fato de ter sido apresentado como construção nova, em oposição ao crescimento histórico, e de o missal antigo ter sido proibido, de sorte que a liturgia não apareceu mais como resultado de um crescimento vivo, e sim como produto de um trabalho erudito e de competência juridical, isso nos prejudicou sobremaneira. Pois agora se devia ter a impressão de que liturgia é algo que “se faz”; não algo preexistente, mas algo que depende de nossas decisões. E aí seria lógico, também, que não somente os eruditos nem somente uma autoridade central fossem reconhecidas como portadores da decisão, mas que, afinal, toda a “comunidade” quisesse adotar sua própria liturgia. Mas quando a liturgia é algo feito por nós mesmos, então ela deixa de nos oferecer o que deveria ser sua verdadeira dádiva: o encontro com o mistério, que não é produto nosso, mas nossa origem e fonte de nossa vida. Uma renovação da consciência litúrgica, uma reconciliação
litúrgica que reconheça novamente a unidade da história da liturgia e que entenda o Vaticano II não como ruptura, mas como degrau na evolução, é urgentemente necessária para a vida da Igreja.Estou convencido de que a crise na Igreja, pela qual passamos hoje, é causada em grande parte pela decadência da liturgia, que às vezes é concebida de uma maneira etsi Deus non daretur [Como se Deus não existisse], isto é, que nela não importa mais se Deus existe e se Ele nos fala e nos escuta. Quando, porém, na liturgia não aparece mais a comunhão da fé, a unidade mundial da Igreja, o mistério de Cristo vivo, onde, então, ainda aparece Igreja, em sua essência espiritual? Aí a comunidade ainda celebra somente a si mesma, mas isso não vale a pena. E já que a comunidade por si só nem existe, e é sempre formada somente pela fé, sendo criada como unidade pelo Senhor, é inevitável, naquela suposição, que a Igreja se divida em partidos de todo tipo, e os grupos se oponham uns aos outros dentro de uma Igreja que se dilacera a si mesma. Por isso precisamos de um novo movimento litúrgico, que dê vida à verdadeira herança do Concílio Vaticano II”
(Cardeal Joseph Ratzinger, Papa Bento XVI, Lembranças da Minha Vida, versão em português, Ed Paulinas, São Paulo, 2006, pp.128-131. Do original alemãoAus meinem Leben). (Confira o mesmo texto na versão italiana no final deste artigo).
As palavras do Cardeal Ratzinger sobre a reforma litúrgica promovida por Paulo VI, em 1969, depois do Concílio Vaticano II, e que pretendeu aplicar o que decidira o Concílio em matéria de Liturgia, são extremamente graves.
Em primeiro lugar, convém notar que, por duas vezes, o Cardeal Ratzinger afirmou que, ao ser publicada a Missa Nova, foi proibida a Missa antiga. E, numa terceira vez, o Cardeal afirma mesmo que foi decretada a proibição dessa missa.
Eis as citações dessas passagens:
“O segundo grande acontecimento no início dos meus anos em Ratisbona foi a publicação do missal de Paulo VI com a proibição quase total do missal anterior”.
“Mas fiquei consternado (sbigottito = espantado) pela proibição do Missal antigo, pois algo semelhante nunca tinha acontecido em toda a história da liturgia”.
“Porém, a proibição agora decretada, do missal que se tinha desenvolvido continuamente através de todos os séculos, desde os manuais para os sacramentos na Igreja antiga, causou na história da liturgia uma ruptura cujas conseqüências só podiam ser trágicas”.
Ora, no Motu Proprio Summorum Pontificum o Papa Bento XVI afirmou que o Missal antigo nunca foi revogado. Como nunca foi revogado, se foi proibido?
Talvez haja aí uma sutileza jurídica que pode explicar essa aparente contradição: uma coisa pode ser proibida concretamente, embora sua revogação jurídica não tenha sido formalmente decretada.
Quereria Bento XVI dizer que Paulo VI, ao promulgar a Nova Missa, embora não tenha revogado a Missa antiga por meio de uma lei, mas a teria proibido, em concreto, por uma simples ordem ou determinação oral, e nunca por um decreto formal?
Mas como se explicaria então a terceira frase citada acima, na qual o Cardeal Ratzinger afirma: “a proibição agora decretada”?
Afinal, a Missa antiga foi proibida por decreto? Como então afirmar que ela nunca foi revogada?
Haveria distinção jurídica entre proibição por decreto e revogação?
Foi proibida por decreto, mas sem ter havido um ato de revogação?
É possível essa sutileza canônica?
Com a palavra os canonistas.
Pessoalmente não cremos que Bento XVI, — que é altamente erudito e muito cuidadoso em seus textos –, tenha caído em uma contradição.
Um segundo ponto a notar é que o Cardeal Ratzinger acusa que, desde o tempo de transição da Missa antiga para a Missa Nova – seis meses – já os abusos, que caracterizarão a nova Liturgia, se fizeram escandalosamente notar, pois diz Ratzinger:
“depois de um tempo de experimentos, muitas vezes deformando profundamente a liturgia”.
A Missa Mova, já antes de nascer já trazia consigo a idéia de improvisações arbitrárias, que serão justificadas depois como “criatividade”…
A Missa Nova nasceu do princípio da mutabilidade. Daí, os seus abusos congênitos. É falso dizer que os abusos da liturgia foram pós conciliares. A Nova Missa nasceu com o DNA da mutabilidade. Com a doença da improvisação “criativa”… Já nasceu com o vírus do relativismo.
Pois não havia proclamado o Concílio Vaticano II, na Constituição Sacrosanctum Concilium. Sobre a Sagrada Liturgia, que a Liturgia deveria se “acomodar melhor às necessidades de nossa época” para facilitar a união dos que crêem em Cristo, e mesmo de todos ainda que não cressem em Cristo?
Com efeito, logo no Proêmio dessa Constituição, se lê:
“1. O Sacrossanto Concílio propõe-se fomentar sempre mais a vida cristã entre os fiéis; acomodar melhor às necessidades de nossa época as instituições que são suscetíveis de mudanças, favorecer tudo o que possa contribuir para a união dos que crêem em Cristo, e promover tudo o que conduz ao chamamento de todos ao seio da Igreja” (Concílio Vaticano II, Constituição Sacrosanctum Concilium. Sobre a Sagrada Liturgia, Proêmio, n0 1).
E, mais adiante, essa mesma Constituição diz:
“a Liturgia consta de uma parte imutável, divinamente instituída, e de partes suscetíveis de mudança. Estas, com o correr dos tempos, podem ou mesmo devem variar, se nelas se introduzir algo que não corresponda bem à natureza íntima da própria Liturgia, ou se estas partes se tornarem menos aptas” (Concílio Vaticano II, Constituição Sacrosanctum Concilium. Sobre a Sagrada Liturgia, Proêmio, n0 21).
 
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Desses princípios se deduziu, na prática, que na Liturgia quase tudo podia mudar. Inclusive mudaram as palavras da Consagração do vinho, pois onde Cristo disse “pro multis” = “por muitos”, traduziram “por todos”. E até agora não adiantou a ordem de Bento XVI que se deve recolocar o “por muitos” na Consagração do vinho, retirando a tradução errada de “por todos” para significar a crença dos progressistas e modernistas da salvação universal, de que todos os homens já estão salvos.
A Santa Sé, em documento assinado pelo Cardeal Arinze, deu dois anos de prazo máximo, para as Conferências Episcopais acatarem essa ordem. E esse prazo termina sábado próximo, dia 18 de Outubro de 2008, já que a ordem da Congregação do Culto Divino e dos Sacramentos foi datada de 18 de Outubro de 2.006:
“De acordo com a Instrução Liturgiam Authenticam, deve haver o esforço para uma maior fidelidade aos textos latinos contidos nas edições típicas.
“As Conferências dos Bispos daqueles países onde a fórmula “por todos” ou sua equivalente está atualmente em vigor são, portanto, requisitadas a realizar a catequese necessária aos fiéis sobre essa questão nos próximos um ou dois anos, para prepará-los para a introdução de uma tradução vernacular precisa da fórmula pro multis (ou seja, “por muitos”, “per molti”, etc.) na próxima tradução do Missal Romano que os Bispos e a Santa Sé aprovarem para uso em seu país”. (Congregatio de Cultu Divino et Disciplina Sacramentorum
Prot. N. 467/05/L – http://www.cwnews.com/offtherecord/offtherecord.cfm. Roma, 17 de outubro de 2006”
Não temos conhecimento de nenhuma catequese feita sobre esse problema, no Brasil.
Será que domingo próximo, em todas as Igrejas do Brasil, se começará a dizer “por muitos” e não mais o errado “por todos” na Consagração do vinho?
Ou a ordem da Santa Sé será desobedecida pela CNBB?
Afinal, quem manda na Igreja no Brasil: o Papa ou a CNBB?
Na Nova Missa, tudo mudou. Só não mudou até agora o “por todos”.
Em cada paróquia se reza uma Missa nova diferente, porque cada padre agora tem a sua Missa. E praticamente não se encontram duas paróquias com a mesma Missa.
A Missa Nova pôs fim à unidade do culto.
Pôs fim à unidade da lex orandi. E a Lex orandi é a Lex credendi.
Portanto, a Nova Missa de Paulo VI pôs fim à unidade da lex credendi.
E é isto mesmo que vai dizer o Cardeal Ratzinger, nesse seu livro que estamos comentando.
Um terceiro ponto a notar — e o mais importante — é que o Cardeal Ratzinger acusa a Missa Nova de Paulo VI de ter sido uma fabricação artificial feita por peritos, e fabricação que fez uma ruptura com a história da Liturgia da Igreja. Uma ruptura, sim, por ter trocado o que se desenvolvia organicamente por algo artificial, fabricado.
Vejamos as próprias palavras do Cardeal Ratzinger:
“Porém, a proibição agora decretada, do missal que se tinha desenvolvido continuamente através de todos os séculos, desde os manuais para os sacramentos na Igreja antiga, causou na história da liturgia uma ruptura cujas conseqüências só podiam ser trágicas.” (Cardeal Joseph Ratzinger, Papa Bento XVI, Lembranças da Minha Vida, versão em português, Ed Paulinas, São Paulo, 2006, pp.129. Do original alemão Aus meinem Leben).
Essa afirmação do Cardeal Ratzinger é gravissima, repetimos.
A Missa Nova causou uma ruptura na história da Liturgia da Igreja. A Missa Nova foi uma ruptura na lex orandi. Ora, como a lex orandi é a lex credendi – a lei da oração é a lei da fé – a Missa Vova causou uma ruptura na lei da Fé.
Pois “por trás das maneiras distintas de se conceber a liturgia,(…) estão, como quase sempre, modos diversos de se conceber a Igreja, portanto Deus e o relacionamento do homem com Ele” (Joseph Ratzinger / V. Messori, A Fé em Crise, E.P.U., São Paulo ,1965, p.89).
Essa sentença do Cardeal Ratzinger de que a Missa nova causou uma ruptura com a liturgia de sempre na Igreja e, portanto, com a fé de sempre, é tremenda. Não é de espantar então que ele verifique – o que todos hoje verificam – que as conseqüências da nova liturgia introduzida por Paulo VI foram “trágicas” .
Quase todas as ruínas que se constatam, hoje, na Cidade Santa, na Igreja, provém da anarquia litúrgica que se instaurou na Igreja com a adaptação da Missa aos tempos, com a adoção do princípio de variabilidade litúrgica camuflada como “criatividade”. Cada padre se fez dono de sua Missa. O que acabou fazendo de grupelhos de leigos e de gerentes de igrejas, árbitros do que se deve fazer na liturgia. Vive-se, hoje, na Igreja, uma verdadeira anarquia litúrgica. E uma verdadeira anarquia na fé.
A pretensa criatividade humana quer tomar o lugar de Deus Criador, mas ”não consegue senão produzir o arbitrário e o vazio” (Cardeal Joseph Ratzinger, Introdução ao Espírito da Liturgia, Ediz. San Paolo, Ciniselo Balsamo – Milano, 2001, p. 129).
A Liturgia entrou em agonia.
, que liberou a Missa de sempre.
Quarto ponto a notar no texto citado do livro La Mia Vita do Cardeal Ratzinger é a afirmação de que a construção arbitrária da Missa leva ao vazio, levando a comunidade, muitas vezes, a c
elebrar a si mesma, o que “não vale a pena”!
O Cardeal Ratzinger dá uma importância essencial ao fato de que a Nova Missa de Paulo VI não tenha sido um desenvolvimento orgânico da Liturgia de sempre, mas uma construção nova, algo como um “bricolage” feito por peritos, uma Missa “do it yourself”.
Veja-se o que ele escreveu num livro entrevista para Peter Seewald:
Peter Seewald. – “Não se pode passar sob silêncio a crítica da liturgia atual. Para muitos, ela não parece suficientemente santa. Uma reforma seria necessária para torná-la de novo mais santa?”
Cardeal Ratzinger – “Ter-se-ia necessidade, pelo menos, de uma nova consciência litúrgica, para fazer desaparecer esse espírito de fazer liturgia por capricho [um “do it yourself”]. Chegou-se ao ponto que círculos litúrgicos se fabricam para si mesmos uma liturgia do domingo”.
“O que resulta disso é certamente a produção de alguns intelectuais dotados que imaginaram algo para si. Não encontro nisso Aquele que é o Totalmente-Outro, o Santo, que se dá a mim, mas apenas as capacidades de alguns. Percebo que não é isso que procuro. É pouco demais, e é uma coisa totalmente diferente”.(Cardeal Ratzinger / Seewald, Voici Notre Dieu, p. ).
E no livro Lembranças de minha Vida, vimos que o Cardeal Ratzinger repete esse pensamento, condenando o modo como foi feita a Nova Missa, com desejo de destruir a Missa de sempre, pois o novo edifício foi construído em oposição ao antigo:
“(…) o edifício antigo foi derrubado e construiu-se um outro”
(…) “Mas o fato de ter sido apresentado como construção nova, em oposição ao crescimento histórico, e de o missal antigo ter sido proibido, de sorte que a liturgia não apareceu mais como resultado de um crescimento vivo, e sim como produto de um trabalho erudito e de competência juridical, isso nos prejudicou sobremaneira. Pois agora se devia ter a impressão de que liturgia é algo que “se faz”; não algo preexistente, mas algo que depende de nossas decisões”.
A Nova Missa se centrou no homem. Foi antropocêntrica como o próprio Concílio Vaticano II foi antropocêntrico. Paulo VI declarou isso. Tal como o Vaticano II a Nova Missa se centrou no homem e na comunidade.
Era como se…
“toda a “comunidade” quisesse adotar sua própria liturgia. Mas quando a liturgia é algo feito por nós mesmos, então ela deixa de nos oferecer o que deveria ser sua verdadeira dádiva: o encontro com o mistério”.
O Cardeal Ratzinger concluía aí dizendo algo de terrível: ”Estou convencido de que a crise na Igreja, pela qual passamos hoje, é causada em grande parte pela decadência da liturgia, que às vezes é concebida de uma maneira etsi Deus non daretur [Como se Deus não existisse], isto é, que nela não importa mais se Deus existe e se Ele nos fala e nos escuta”.
A Nova Missa é concebida, por vezes, ]>